LEMBRAS-TE?
As minhas primeiras recordações são quase falsas, instantes que invento numa urgência de memória. O portão enorme, as palmeiras, o caminho empedrado que nos conduz à casa desbotada de vermelho, o alpendre numa confusão de cestos, vasos e gaiolas. Acordo, ouve-se o verão lá fora, cantos de cigarras, ervas estalando, os passos arrastados da avó Ilda no patamar marcam a hora da sesta.
Através das janelas fechadas insinuam-se grãos de poeira, terra e ar reconciliados em nuvens de luz. O corredor, interminável, abre-se em salas e quartos onde se escondem criaturas misteriosas. Mas isso é mais tarde, que as primeiras memórias são lugares desabitados, só sons, cheiros e vultos.
Através das janelas fechadas insinuam-se grãos de poeira, terra e ar reconciliados em nuvens de luz. O corredor, interminável, abre-se em salas e quartos onde se escondem criaturas misteriosas. Mas isso é mais tarde, que as primeiras memórias são lugares desabitados, só sons, cheiros e vultos.
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